terça-feira, 13 de outubro de 2009

Tendas de Tarso


No sul da Turquia, próxima do mar Mediterrâneo e da fronteira da Síria, está a cidade de Tarso, famosa por ter sido berço do apóstolo Paulo. Tarso não está ligada a missões apenas por ter dado ao mundo o maior missionário dos dias apostólicos, mas também por ter dado origem à expressão “fazedores de tendas”, usada no universo das missões, e que veio a reboque da vida do mesmo apóstolo. O teólogo James Packer, no livro “O Mundo do Novo Testamento”, faz a seguinte afirmação: “Paulo escolheu uma indústria típica de Tarso, fabricar tendas de tecido de pêlo de cabra”. Enquanto viajava pelos principais centros do império, sua subsistência vinha em grande medida dessa profissão, já que a situação da igreja naqueles dias difíceis não lhe permitia bancar todas as viagens do apóstolo.




Hoje, em certos territórios fechados e hostis ao evangelho, não se pode entrar como missionário nem, muito menos, anunciar Jesus Cristo abertamente. É aí que entram os “fazedores de tendas”, homens e mulheres que, sem ostentar o título de missionários, conseguem chegar a essas terras proibidas na condição de profissionais civis, geralmente de diversas áreas técnicas, de saúde, ou ensino, e pregar por meio do exemplo, do caráter e do amor demonstrados, sondando as circunstâncias em que podem arriscar-se a falar de Jesus.
 
Seja nos lugares proibidos, seja nos permitidos, no exterior distante ou em nosso próprio país, como missionários no campo ou leigos na cidade onde moramos, somos todos convocados a estender o alcance do reino de Deus: “Alarga o espaço da tua tenda; estenda-se o toldo da tua habitação, e não o impeças” (Is 54.2).




FONTE: revista Ultimato, Edição 316, Janeiro-Fevereiro 2009.

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