terça-feira, 21 de setembro de 2010

A Bíblia "pirata" em Inglês

Christopher van Endhover – falecido por volta de 1531. “Nós… e outros reverendos de espiritualidade, determinamos que as traduções ditadas e falsas sejam queimadas, com correção e punição daqueles que portarem e lerem as mesmas”. Essa foi a declaração do rei acerca dos indivíduos que se envolveram com a primeira impressão do Novo Testamento em inglês. Ela foi traduzida por um fugitivo, um cristão brilhante – William N. Tyndale. Quem levou a seu envolvimento na propagação do Novo Testamento em inglês foi um gráfico, Christopher van Endhover. Ele viveu na Bélgica e fez cópias no Novo
Testamento de William Tyndale. Foi Endhover que produziu uma edição “pirata” em fins de 1526. Era mais fácil contrabandeá-la pelo canal inglês até as Ilhas Britânicas. Mas os esforços dele e de muitos contemporâneos seus que secreta e confiantemente trabalhavam nas sombras para entregar o Novo Testamento às massas repetiram as palavras de Isaías: “Assim também ocorre com a palavra que sai da minha boca: ela não voltará para mim vazia, mas fará o que desejo e atingirá o propósito para o qual a enviei” (55:11). O Novo Testamento de Tyndale era considerado contrabando. De acordo com “O Criminoso de Deus”, “carregamentos foram interceptados, centenas de cópias foram queimadas, pessoas de alta ou baixa posição social envolvidas foram aprisionadas; até mesmo os mercadores troublesome no Steelyard eram obrigados a jurar que não negociariam esse tipo de literatura, mas as coisas já haviam se espalhado por todo o país”. Endhover teria sido um dos procurados, por seus esforços em publicar. Em seu livro “No princípio: a história da Bíblia do Rei James e de como ela transformou uma nação, uma língua e uma cultura”, Alister McGrath escreve sobre o contrabando de escrituras de Tyndale e de livros cristãos: “A Inglaterra era uma nação mercantil e por isso importava uma quantidade e uma variedade substanciais de bens permitidos pela lei. Os contrabandistas ofereciam uma rica opção de meios pelos quais o contrabando podia ser clandestinamente introduzido na Inglaterra. Oficiais portuários descobriam toda a sorte de meios pelos quais livros podiam ser escondidos. Barris de óleo eram construídos com compartimento à prova d’água escondidos e alguns baús eram construídos com fundos falsos. O contrabando de livros já era realizado muito antes da prática do fornecimento de livros não encadernados na forma de folhas soltas, que podiam se escondidas em carregamentos de couro ou fardos de roupas ou outros tecidos”. Isso não foi muito antes de Endhover ser capturado, acusado de publicar literatura ilegal. Suas prensas e livros foram destruídos, mas o prejuízo estava feito: carregamentos de novos testamentos já haviam sido atravessados, pelo mar, pelo canal, até a Inglaterra. Saint Andrews e Edimburgo, na Escócia, já haviam recebido lotes do Novo Testamento. Oficiais ficaram em polvorosa. Eles viajaram para apreender cópias no Novo Testamento, assim como os responsáveis por eles. Tyndale foi preso e executado, mas a Palavra de Deus já havia alçado vôo, e, nas palavras do apóstolo Paulo, “a Palavra de Deus não muda” (II Tm. 2: 9b). Endhover foi finalmente solto após sua primeira prisão, mas continuou publicando, supervisionando pessoalmente as operações de contrabando de cópias para a Inglaterra e de distribuição naquele país. John Row, seu contato, um encadernador de livros francês, foi forçado a lançar seus livros ao fogo, em 1531. Endhover foi capturado no mesmo ano e enclausurado em Westminster, onde morreu.

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