segunda-feira, 1 de novembro de 2010

Curiosidades Missionárias: Circuncisão Feminina

Durante a década de 1920, a prática da circuncisão feminina provocou uma crise que praticamente destruiu a jovem igreja do Quênia. Tratava-se de uma prática sem sentido, acompanhada de ritos tribais, que envolvia a circuncisão de meninas *púberes. As jovenzinhas eram levadas para um acampamento oculto na floresta onde eram operadas por mulheres mais velhas, sem anestesia, usando instrumentos não esterilizados e rudimentares que frequentemente resultavam em graves infecções, assim como complicações por ocasião do parto.

As reações eram fortes nas igrejas africanas quanto aos dois lados da questão e quando pareceu que o problema não só iria dividir as igrejas como criar um conflito civil, alguns missionários procuraram uma solução intermediária, propondo que as meninas fossem ao hospital da missão a fim de submeter-se à cirurgia. O pessoal médico, porém, já sobrecarregado de trabalho, opôs-se com veemência a tal transigência, sendo apoiado pela maioria dos missionários que decidiu manter-se firme quanto ao assunto, exigindo que os missionários africanos das igrejas sustentados pela missão condenassem a prática ou fossem demitidos. Apenas doze recusaram-se a obedecer, mas a crise não desapareceu. Os cristãos africanos foram perseguidos por tomarem posição contra esse rito tribal honrado pelo tempo e inspetores auto-nomeados fizeram verdadeiras batidas nas vilas à procura de meninas não-circuncidadas.

Veio então o golpe final. "Tinha de acontecer", escrevem James e Marti Hefley. "Uma missionária idosa e surda da Missão para o Interior da África (MIA), Hilda Stumpf, foi encontrada estrangulada. Os primeiros relatos disseram que ela havia sido assassinada por um ladrão. A seguir surgiu a verdade. Ela fora brutalmente mutilada, indicando assim a vingança por parte dos fanáticos da circuncisão." Este "assassinato chocante levou alguns dos zelotes tribais a se conterem. Mas o conflito mais profundo entre africanos e europeus se arrastou e veio a culminar na sangrenta rebelião dos mau mau, nos anos 50".

Após a rebelião mau mau, os líderes da MIA compreenderam a urgente necessidade de entregarem parte maior do controle das atividades da missão aos próprios africanos. A igreja controlara todos os seus assuntos por mais de uma década, mas em 1961 a MIA entregou as suas propriedades à Igreja Africana (African Inland Church) e submeteu-se à sua liderança e autoridade. A MIA continua em sua evangelização da África como estabelecido por Peter Cameron Scott em 1895, mas seus missionários servem hoje a convite e sob autoridade de uma forte liderança africana que os primeiros pioneiros se esforçarm para estabelecer.
*Que estão na puberdade.

fonte: http://eripaixao.spaces.live.com/?_c11_BlogPart_BlogPart=blogview&_c=BlogPart&partqs=cat%3DCuriosidades%2520Mission%25c3%25a1rias

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Paul Washer - Não Conhecemos o Evangelho de Jesus Cristo